Francisco de Goya

Por Yago, Hudson e Gustavo

Biografia


Francisco José de Goya y Lucientes nasceu em Fuendetodos, Aragão, Espanha, no dia 30 de março de 1746. 

Em 1749, a família comprou uma casa na cidade de Saragoça e alguns anos mais tarde mudou-se para lá. Aos 14 anos, entrou para a aprendizagem com o pintor Don José Luzán y Martinez. Como era costume na época, começou fazendo cópias de pinturas de vários mestres.
Aos dezessete anos, tentou por duas vezes entrar para a Academia de Belas Artes, sendo rejeitado em ambas as tentativas. 
No final de 1771, inscreveu-se em concurso da Academia de Belas Artes de Parma, recebendo uma menção honrosa.
Enquanto esteve em Madrid, trabalhou para várias fábricas, fazendo desenhos para tapeçarias. São desse período os desenhos que ganharam fama, com reprodução de cenas folclóricas e de paisagens. Contudo, ele não era um artista interessado em paisagens e o fundo de suas obras mostra o pouco interesse que ele tinha por elas.
Goya se casou com Josefa Bayeu.
Depois de estabelecido em Madrid, começou a pintar retratos. No ano de 1780, entrou para a Academia de San Fernando. Em 1785, começou a receber encomendas da aristocracia, e tempos depois da morte de Carlos lll, foi nomeado Primeiro Pintor da Câmara do Rei.
Em 1972,contraiu uma doença seria e desconhecida, o deixando paralitico, cego e surdo, e assim passou a não ter mais o respeito da aristocracia.

Em 1824, Goya exilou-se em Bordéus, França, vindo a morrer quatro anos depois naquela cidade. Teve vinte filhos, mas não seguidores.

Obras




Saturno Devorando seus Filhos



Esse quadro retrata um gigante voraz com olhos abertos (Chronos), devorando o corpo de seu filho. É uma obra em que ele apresenta o terror e o canibalismo. A obra pertence a série Pinturas negras, na qual Goya fez 14 pinturas como decoração do muro de sua casa.








Procissão a San Isidro

Quando ficou doente, pintava dentro de sua casa. Uma procissão de desvalidos que acreditavam que a fé salvaria todas essas pessoas. O povo pedindo pela salvação de suas almas.



A família de Carlos IV


É uma pintura de corte diferente de todas. As figuras retratadas são soberanas da Espanha, mas não demonstram nobreza.
O rei robusto, de rosto vermelho, com aparência de um suíno; e a rainha parece insipidamente distraída.

Um crítico assim descreveu o grupo: “Um dono de mercearia e sua família, tendo acabado de ganhar o grande prêmio da loteria.”



Los Caprichos

Los Caprichos é um a serie de 80 gravuras que representa uma sátira da sociedade espanhola do século 18. Essas gravuras influenciaram muitas gerações do romantismo francês. Los Caprichos carecem de uma estrutura organizada e coerente, mas possuem importantes núcleos temáticos. Os temas mais numerosos são: a superstição em torno às bruxas, que predominam a partir do Capricho 43 e que lhe serve para expressar dum modo tragicômico as suas ideias sobre o mal; a vida e o comportamento dos freires; a sátira erótica que relaciona à prostituição e o papel da celestina; e em menor número a sátira social dos casais desiguais, da educação das crianças, da Inquisição. 

Goya criticou estes e outros males sem seguir uma ordem rigorosa. De forma radicalmente nova, mostrou uma visão materialista e desapaixonada, em contraste com a crítica social paternalista realizada no século XVIII, que encaminhava os seus esforços a reformar a conduta errônea do homem. Goya limitou-se a mostrar cenas tenebrosas aparentemente cotidianas concebidas nuns palcos estranhos e irreais.














Romantismo [Resumo]

Por Júnior Fidelis, Maria Julia e Rebeca










Questionário

Por Júnior Fidelis, Maria Julia e Rebeca

Questão 1:

Leia o texto abaixo.
"A revolução romântica altera e subverte quase tudo o que era tido como consagrado no Classicismo. Assim, na proposta classicista, o valor básico é situado na própria obra. O artista apaga-se por trás de sua realização (...). O Romantismo não aceita essa concepção. Para ele, o peso não está mais no produto; o que lhe importa é o artista e a sua auto-expressão. A objetividade da obra como valor por si deixa de ser um elemento vital do fazer artístico. A criação (...) serve apenas de recurso, de via de comunicação para a mensagem interior do criador." (A. Rosenfeld - J. Guinsburg)
Em relação ao texto acima, é correto afirmar:
A) o Romantismo altera os padrões clássicos de Verdade e Beleza, mas o artista mantém sua posição de objetividade diante da obra.
B) na concepção romântica de arte, o mais importante é a subjetividade do criador e o seu modo de expressá-la na obra.
C) no Classicismo, o artista desaparece da obra como forma de melhor expressar o seu eu interior.
D) por não aceitar a concepção clássica, o Romantismo acaba enfatizando a obra em si mesma e isentando o artista de uma participação efetiva nela.
E) embora Classicismo e Romantismo discordem quanto à presença do artista na obra, a concepção de valor artístico, em ambos, permanece inalterada.

Questão 2:

Considere as afirmações abaixo sobre o Romantismo no Brasil.
I. A primeira geração de poetas românticos no Brasil caracterizou-se pela ênfase no sentimento nacionalista, tematizando o índio, a natureza e o amor à pátria.
II. Álvares de Azevedo, Casemiro de Abreu e Fagundes Varela, representantes da segunda geração da poesia romântica, expressam, sobretudo, um forte intimismo.
III. A poesia de Castro Alves, cronologicamente inserida na terceira geração romântica, apresenta importantes ligações com a estética barroca, pela religiosidade e o tom místico da maioria dos poemas.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.

Questão 3:

São características do Romantismo, como movimento literário, nascido na Europa
A) culto à forma, sentimentalismo, busca da veracidade.
B) nacionalismo, presença do amor sensual, bucolismo.
C) conceptualismo, cultismo, uso de vocabulário erudito.
D) nacionalismo, culto do passado histórico, sentimentalismo, culto à natureza.
E) descritivismo, linguagem hermética, presença do amor platônico.

Questão 4:

Tomadas em conjunto, as obras de Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves demonstram que, no Brasil, a poesia romântica
A) pouco deveu às literaturas estrangeiras, consolidando, de forma homogênea, a inclinação sentimental e o anseio nacionalista dos escritores da época.
B) repercutiu, com efeitos locais, diferentes valores e tonalidades da literatura europeia: a dignidade do homem natural, a exacerbação das paixões e a crença em lutas libertárias.
C) constituiu um painel de estilos diversificados, cada um dos poetas criando livremente, mas preocupados todos com a afirmação dos ideais abolicionistas e republicanos.
D) refletiu as tendências ao intimismo e à morbidez de alguns poetas europeus, evitando ocupar-se com temas sociais e históricos, tidos como prosaicos.
E) cultuou sobretudo o satanismo, inspirado no poeta inglês Byron, e a memória nostálgica das civilizações da Antigüidade Clássica, representada por suas ruínas.

Questão 5:

Leia atentamente o texto que segue.
Oh! ter vinte anos sem gozar de leve
A ventura de uma alma de donzela!
E sem na vida ter sentido nunca
Na suave atração de um róseo corpo
Meus olhos turvos se fechar de gozo!
Oh! nos meus sonhos pelas noites minhas
Passam tantas visões sobre meu peito!
Palor de febre meu semblante cobre,
Bate meu coração com tanto fogo!
(Álvares de Azevedo)
Sobre o excerto, são feitas as seguintes afirmações:
I. o erotismo do eu-lírico é efetivamente realizado, o que se pode inferir da leitura do verso de número 9.
II. o eu-lírico sonha com a posse sexual da amada que lhe foge durante o sono, desprezando-o e fazendo-o arder em febre.
III. o amor, irrealizado, é uma das características da obra poética de Álvares de Azevedo, que evidencia em seus textos o medo da realização desse sentimento.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III.
E) Nenhuma.
x

Lord Byron

Por Júnior Fidelis, Maria Julia e Rebeca

Biografia

Jorge Gordon Byron, conhecido como Lord Byron, foi um importante poeta inglês do século XIX. Nasceu da cidade de Londres em 23 de janeiro de 1788.

É considerado, na literatura inglesa, um gênio poético e um dos principais representantes do romantismo inglês. Seus poemas são carregados de inspiração exaltada, crítica social, impetuosa e violenta. Apresentam temas ligados à tristeza humana e melancolia. Seu primeiro livro de poemas foi “Horas de lazer”, escrito em 1807.
Fez muitas viagens, que o inspiraram, para cidades da Espanha, Grécia, Malta, Suíça, Itália e Albânia. Em Genebra, viveu com Claire Clairmont com quem teve uma filha, em 1817, chamada Allegra.
Byron era aleijado de um pé. Morou um tempo em Lisboa, porém uma situação desagradável o indispôs contra os portugueses. Foi morar no Oriente, em seus últimos anos de vida. Morreu em Missolonghi no dia 19 de abril de 1824.



Características de suas obras e personagens:
As obras de Lord Byron, que influenciaram muitos escritores românticos do século XIX, são marcadas por personagens com personalidades marcantes. Estes personagens apresentam comportamento autodestrutivo, passado obscuro, aversão social, rebeldia, talentos marcantes e grande exibição de paixões.

Principais obras de Lord Byron
-Horas ociosas
-As peregrinaciones de Childe Harold
-A corsario
-Lara
-O sonho
-Prometeu
-Escuridão
-Mazzepa
-A profecia de Dante
-Sardanápalo
-Cain
-Werner
-A ilha
-Don Juan  

Frases:

- "Quando o homem deixa de criar, deixa de existir."

- "O melhor profeta do futuro é o passado."

- "O ódio é a loucura do coração. "

Uma taça feita de um crânio humano
(Tradução de Castro Alves)

Não recues! De mim não foi-se o espírito…
Em mim verás – pobre caveira fria -
Único crânio que, ao invés dos vivos,
Só derrama alegria.
Vivi! amei! bebi qual tu: Na morte
Arrancaram da terra os ossos meus.
Não me insultes! empina-me!… que a larva
Tem beijos mais sombrios do que os teus.
Mais vale guardar o sumo da parreira
Do que ao verme do chão ser pasto vil;
- Taça – levar dos Deuses a bebida,
Que o pasto do réptil.
Que este vaso, onde o espírito brilhava,
Vá nos outros o espírito acender.
Ai! Quando um crânio já não tem mais cérebro
…Podeis de vinho o encher!
Bebe, enquanto inda é tempo! Uma outra raça,
Quando tu e os teus fordes nos fossos,
Pode do abraço te livrar da terra,
E ébria folgando profanar teus ossos.
E por que não? Se no correr da vida
Tanto mal, tanta dor ai repousa?
É bom fugindo à podridão do lado
Servir na morte enfim p’ra alguma coisa!…

Trevas
(Tradução de Castro Alves)

Eu tive um sonho que não era em todo um sonho
O sol esplêndido extinguira-se, e as estrelas
Vagueavam escuras pelo espaço eterno,
Sem raios nem roteiro, e a enregelada terra
Girava cega e negrejante no ar sem lua;
Veio e foi-se a manhã – Veio e não trouxe o dia;
E os homens esqueceram as paixões, no horror
Dessa desolação; e os corações esfriaram
Numa prece egoísta que implorava luz:
E eles viviam ao redor do fogo; e os tronos,
Os palácios dos reis coroados, as cabanas,
As moradas, enfim, do gênero que fosse,
Em chamas davam luz; As cidades consumiam-se
E os homens juntavam-se junto às casas ígneas
Para ainda uma vez olhar o rosto um do outro;
Felizes enquanto residiam bem à vista
Dos vulcões e de sua tocha montanhosa;
Expectativa apavorada era a do mundo;
Queimavam-se as florestas – mas de hora em hora
Tombavam, desfaziam-se – e, estralando, os troncos
Findavam num estrondo – e tudo era negror.
À luz desesperante a fronte dos humanos
Tinha um aspecto não terreno, se espasmódicos
Neles batiam os clarões; alguns, por terra,
Escondiam chorando os olhos; apoiavam
Outros o queixo às mãos fechadas, e sorriam;
Muitos corriam para cá e para lá,
Alimentando a pira, e a vista levantavam
Com doida inquietação para o trevoso céu,
A mortalha de um mundo extinto; e então de novo
Com maldições olhavam para a poeira, e uivavam,
Rangendo os dentes; e aves bravas davam gritos
E cheias de terror voejavam junto ao solo,
Batendo asas inúteis; as mais rudes feras
Chagavam mansas e a tremer; rojavam víboras,
E entrelaçavam-se por entre a multidão,
Silvando, mas sem presas – e eram devoradas.
E fartava-se a Guerra que cessara um tempo,
E qualquer refeição comprava-se com sangue;
E cada um sentava-se isolado e torvo,
Empanturrando-se no escuro; o amor findara;
A terra era uma idéia só – e era a de morte
Imediata e inglória; e se cevava o mal
Da fome em todas as entranhas; e morriam
Os homens, insepultos sua carne e ossos;
Os magros pelos magros eram devorados,
Os cães salteavam seus donos, exceto um,
Que se mantinha fiel a um corpo, e conservava
Em guarda as bestas e aves e famintos homens,
Até a fome os levar, ou os que caíam mortos
Atraírem seus dentes; ele não comia,
Mas com um gemido comovente e longo, e um grito
Rápido e desolado, e relambendo a mão
Que já não o agradava em paga – ele morreu.
Finou-se a multidão de fome, aos poucos; dois,
Dois inimigos que vieram a encontrar-se
Junto às brasas agonizantes de um altar
Onde se haviam empilhado coisas santas
Para um uso profano; eles a resolveram
E trêmulos rasparam, com as mãos esqueléticas,
As débeis cinzas, e com um débil assoprar
E para viver um nada, ergueram uma chama
Que não passava de arremedo; então alçaram
Os olhos quando ela se fez mais viva, e espiaram
O rosto um do outro – ao ver gritaram e morreram
- Morreram de sua própria e mútua hediondez,
- Sem um reconhecer o outro em cuja fronte
Grafara o nome “Diabo”. O mundo se esvaziara,
O populoso e forte era uma informe massa,
Sem estações nem árvore, erva, homem, vida,
Massa informe de morte – um caos de argila dura.
Pararam lagos, rios, oceanos: nada
Mexia em suas profundezas silenciosas;
Sem marujos, no mar as naus apodreciam,
Caindo os mastros aos pedaços; e, ao caírem,
Dormiam nos abismos sem fazer mareta,
mortas as ondas, e as marés na sepultura,
Que já findara sua lua senhoril.
Os ventos feneceram no ar inerte, e as nuvens
Tiveram fim; a escuridão não precisava
De seu auxílio – as trevas eram o Universo.