Beethoven

Por Júnior Fidelis, Maria Julia e Rebeca

Biografia

Resumo
Ludwig van Beethoven (1770-1827) foi compositor alemão. A "Nona Sinfonia" foi a obra que o consagrou no mundo inteiro. Em 1814, era reconhecido como o maior compositor do século.
Beethoven nasceu em Bonn, Alemanha, no dia 16 de dezembro de 1770. Filho de Johann van Beethoven e Maria Magdalena Kewerich. Seu avô era maestro da capela na corte da cidade de Colônia. Seu pai percebendo que o filho tinha talento incomum para a música, o obrigava a estudar todos os dias, durante horas.

Biografia Completa
Com oito anos de idade estudou com o melhor mestre de cravo da cidade. Com onze anos compôs suas primeiras peças. Com treze anos, Ludwig ajudava no sustento da casa, trabalhava como músico de orquestra e professor. Seu pai vivia entregue à bebida, o que causava problemas emocionais ao filho. Era um adolescente tímido e melancólico, vivia entregue a devaneios e distrações. Em 1784, Beethoven conhece Waldstem, um jovem conde e tornam-se amigos. O conde percebendo o talento do amigo o manda para Viena, estudar com Joseph Haydn.
Com a morte de sua mãe, Beethoven volta para Bonn, onde começa a fazer cursos de literatura, já que saíra da escola com apenas 11 anos. Teve seus primeiros contatos com as idéias da Revolução Francesa, com o "Iluminismo" e com o movimento romântico "Tempestade e Ímpeto", correntes lideradas por Goethe e Schiller. Esses ideais se tornaram fundamentais na arte de Beethoven. Em 1792, Beethoven parte definitivamente para Viena, vai estudar com Haydn, novamente por intermédio do conde Waldstein.
A aprendizagem com o velho mestre não foi tão frutífera quanto se esperava. Haydn era afetuoso, mas um tanto descuidado, e Beethoven logo tratou de arranjar aulas com outros professores, para complementar seu estudo. Entre 1793 e 1795 publicou "opus 1", uma coleção de três trios para piano, violino e violoncelo e as 3 "Sonatas para Piano". Tinha boa convivência com a sociedade vienense, que lhe fora facilitada pela recomendação de Waldstein. Era um pianista virtuose de sucesso nos meios aristocráticos, e soube cultivar admiradores.
Em 1796, surgiram os primeiros sintomas de uma grande tragédia, a surdez. Na volta de uma turnê, foi diagnosticada uma congestão dos centros auditivos internos. Fez vários tratamentos e escondeu o problema de todos. Entre 1796 e 1798 publica a "Op7", a "Op10" e a "Quarta Sonata para Piano em Mi Maior", a "Quinta em Dó Maior", a "Sexta em Fá Maior" e a "Sétima em Ré Maior". Dez anos depois, em 1806, revela seu problema, em uma frase anotada nos esboços do "Quarteto nº9".
Beethoven nunca se casou. Em 1815, seu irmão Karl morre, deixando um filho de oito anos para ele e a mãe cuidarem. Porém Beethoven nunca aprovou a conduta da mãe da criança e lutou na justiça para ser seu único tutor. Foram meses de um desgastante processo judicial que acabou com o ganho de causa dado ao compositor. Nos anos seguintes, Beethoven entra em depressão, da qual só sairia em 1819. A década seguinte seria um período de obras-primas. Foram 44 obras, entre elas a "Sinfonia nº9 em Ré Menor".

Foi nessa atividade, cheio de planos para o futuro, que ficou gravemente doente, uma pneumonia, além de cirrose. Ludwig van Beethovem morre em Viena, no dia 26 de março de 1827.

Influência de Beethoven no Romantismo

Romantismo Incipiente

Este período começa em 1803 e termina com a crise de 1812. A maioria das obras escritas até 1809 contém propostas muito inovadoras e nelas aparece de modo contundente a personalidade do autor. A primeira manifestação clara e desalentadora de sua surdez aconteceu em 1801. Isso é relevante pelo modo como influiu em seu caráter: Beethoven compreendeu que o problema dificultaria sua carreira profissional – a de intérprete, não a de compositor –, e deu uma guinada radical em sua relação com a sociedade vienense, que o levou a desobedecer as normas de cortesia, numa sociedade em que estas eram da maior importância, e a evitar a todo custo ser convidado para tocar piano. Além disso, a plena consciência da evolução que seu caráter estava sofrendo o fez mergulhar num retraimento e num isolamento que sua personalidade, por natureza cordial, só a duras penas podia admitir. Paralelamente, sofreu uma desilusão amorosa. Embora o verão de 1802 tenha sido de intensa atividade no campo da composição, naquele mesmo ano escreveu o comovente documento conhecido como Testamento de Heiligenstadt, uma carta dirigida a seus irmãos e na qual expressa sua amargura, fruto da afecção auditiva, e afirma ter abandonado a idéia de suicídio mas manifesta desilusão por tudo o que não seja sua arte. A aceitação dessa nova situação lhe trouxe novas possibilidades como compositor: suas obras passam a destacar-se pela intensa fantasia e nelas aparecem grande quantidade de idéias extramusicais.

Romantismo Pleno

Essa etapa começa com as obras de circunstância de 1813 e 1814 e termina com algumas obras de síntese que, em geral, empregam grandes formatos. O início desse período caracteriza-se pela perceptível diminuição de sua atividade produtiva por diversas razões, das quais o agravamento da surdez não foi a menos importante. 
A partir de 1818, Beethoven só podia se comunicar por escrito: na última década de sua vida ele utilizou mais de quatrocentos cadernos, nos quais, como se vê pelos poucos conservados, anotava todas as conversas que mantinha e que se transformaram em valiosos documentos para sua biografia e o estudo de suas idéias.
Outro fator o levou também a uma retração musical e pessoal importante: após o fim da guerra, o gosto musical em Viena mudou consideravelmente e, embora Beethoven continuasse a ser uma figura conhecida e respeitada na cidade, suas obras não eram executadas. Seu prestígio, no entanto, era enorme, e assim se manteve nos anos seguintes à sua morte, apesar da falta de influência de sua música no panorama musical vienense. 
Passado mais um tempo de considerável inatividade, a partir de 1818 e durante a última década de sua vida o compositor produziu suas obras mais pessoais e significativas. Entre elas se encontram a sonata Hammerklavier, a Missa soleneDiabelli, a nona sinfonia e os últimos quartetos de corda. A sonata Hammerklavier é uma obra de grandes dimensões e com um tratamento severo que, graças à influência do profundo estudo da cravo bem temperado de Bach, encerra os experimentos iniciados nas sonatas anteriores. Esta obra se apresenta como um ponto de inflexão na série das 32 sonatas para piano que Beethoven compôs ao longo da vida e que representam um excelente ponto de observação para acompanhar sua evolução estilística.
A Missa solene, composição que reúne musicalmente as cinco partes invariáveis da missa, principal função litúrgica da igreja católica, é também de grandes dimensões, com duração aproximada de oitenta minutos, e foi pensada pelo autor para ser executada dentro da liturgia. No entanto, no decorrer do século XIX, a igreja católica preferiu adotar como idioma quase oficial para sua música um estilo baseado em estéticas anteriores, e conseqüentemente, essa obra não exerceu influência no futuro. Não há dúvida, porém, de que representa um marco importantíssimo na música litúrgica européia.
As Variações sobre uma valsa, conhecidas como Variações Diabelli, são o resultado de uma encomenda; trata-se de um conjunto de 33 variações – modificações de um texto original que seguem normas e técnicas em geral bastante estereotipadas, e que se encadeiam à melodia original e entre si – escritas a partir de uma valsa de Anton Diabelli. Beethoven terminou as variações em 1823 e as dedicou a Antonie Brentano, outra das mulheres sobre as quais se tem especulado se seria a “amada imortal”.

Sua Maior Obra - 9ª Sinfonia [Cifra]